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. Que são estas coisas?  perguntou o guarda. É a Pedra Filosofal e o Elixir da Longa Vida.É a grande obra dosAlquimistas.Quem tomar este elixir jamais ficará doente, e uma lasca desta pedratransforma qualquer metal em ouro.Os guardas riram pra valer, e o Alquimista riu com eles.Tinham achado aresposta muito engraçada, e os deixaram partir sem maiores contratempos, com todos osseus pertences. Você está louco?  perguntou o rapaz ao Alquimista, quando já haviam sedistanciado bastante. Para que você fez isto? Para mostrar a você uma simples lei do mundo  respondeu o Alquimista. Quando temos os grandes tesouros diante de nós, nunca percebemos.E sabe por quê?Porque os homens não acreditam em tesouros.Continuaram andando pelo deserto.A cada dia que passava, o coração dorapaz ia ficando mais silencioso.Já não queria saber das coisas passadas ou das coisasfuturas; contentava-se em contemplar também o deserto, e beber junto com o rapaz daAlma do Mundo.Ele e seu coração tornaram-se grandes amigos  um passou a ser incapazde trair o outro.Quando o coração falava, era para dar estímulo e força ao rapaz, que àsvezes achava terrivelmente maçante os dias de silêncio.O coração contou-lhe pela primeiravez suas grandes qualidades: sua coragem ao abandonar as ovelhas, ao viver sua LendaPessoal, e seu entusiasmo na loja de cristais.Contou-lhe também mais uma coisa, que o rapaz nunca havia notado: osperigos que passaram perto e que ele nunca tinha percebido.Seu coração disse que certavez havia escondido a pistola que ele havia roubado do pai, pois havia uma grande chancede que se ferisse com ela.E lembrou um dia que o rapaz havia passado mal em plenocampo, vomitado, e depois dormido por muito tempo: haviam dois assaltantes mais adiante,que estavam planejando roubar suas ovelhas, e assassiná-lo.Mas como o rapaz nãoaparecia, resolveram ir embora, achando que ele tinha mudado de rota. Os corações sempre ajudam os homens?  perguntou o rapaz aoAlquimista. Só os que vivem sua Lenda Pessoal.Mas ajudam muito as crianças, osbêbados, e os velhos. Quer dizer então que não há perigo?  Quer dizer apenas que os corações se esforçam ao máximo  respondeu oAlquimista.Certa tarde passaram pelo acampamento de um dos clãs.Haviam árabes emvistosas roupas brancas, com armas ensilhadas em todos os cantos.Os homens fumavamnarguilé e conversavam sobre os combates.Ninguém prestou maior atenção aos doisviajantes. Não há qualquer perigo  disse o rapaz, quando já tinham se afastado umpouco do acampamento.O Alquimista ficou furioso. Confie em seu coração  disse, mas não se esqueça de que você está nodeserto.Quando os homens estão em guerra, a Alma do Mundo também sente os gritos decombate.Ninguém deixa de sofrer as conseqüências de cada coisa que se passa debaixo dosol. Tudo é uma coisa única , pensou o rapaz.E como se o deserto quisesse mostrar que o velho Alquimista estava certo,dois cavaleiros surgiram por detrás dos viajantes. Não podem seguir adiante  disse um deles. Vocês estão nas areias ondeos combates são travados. Não vou muito longe  respondeu o Alquimista, olhando fundo nos olhosdos guerreiros.Eles ficaram quietos por alguns minutos, e depois concordaram com aviagem dos dois.O rapaz assistiu aquilo tudo fascinado. Você dominou os guardas com o olhar  comentou ele. Os olhos mostram a força da alma  respondeu o Alquimista.Era verdade, pensou o rapaz.Havia percebido que, no meio da multidão desoldados no acampamento, um deles estava olhando fixo para os dois.E estava tão distante,que não dava sequer para ver direito sua face.Mas o rapaz tinha certeza de que estavaolhando para eles.Finalmente, quando começaram a cruzar uma montanha que se estendia portodo o horizonte, o Alquimista disse que faltavam dois dias para chegarem até às Pirâmides. Se vamos nos separar logo  respondeu o rapaz  me ensine Alquimia. Você já sabe.É penetrar na Alma do Mundo, e descobrir o tesouro que elareservou para nós. Não é isto que quero saber.Falo de transformar chumbo em ouro.O Alquimista respeitou o silêncio do deserto, e só respondeu ao rapazquando pararam para comer. Tudo no Universo evolui  disse ele. E para os sábios, o ouro é o metalmais evoluído.Não pergunte porquê; não sei.Sei apenas que a Tradição está sempre certa. Os homens é que não interpretaram bem as palavras dos sábios.E ao invésde símbolo de evolução, o ouro passou a ser o sinal das guerras. As coisas falam muitas linguagens  disse o rapaz. Vi quando o relinchode camelo era apenas um relincho, depois passou a ser sinal de perigo, e finalmente tornou-se de novo um relincho.Mas calou-se.O Alquimista devia saber tudo aquilo. Conheci verdadeiros alquimistas  continuou. Se trancavam nolaboratório e tentavam evoluir como o ouro; descobriam a Pedra Filosofal.Porque haviamentendido que quando uma coisa evolui, evolui também tudo que está a sua volta.  Outros conseguiram a pedra por acidente.Já tinham o dom, suas almasestavam mais despertas que a das outras pessoas.Mas estes não contam, porque são raros. Outros, enfim, buscavam apenas o ouro.Estes jamais descobriram osegredo.Esqueceram-se de que o chumbo, o cobre, o ferro, também têm sua Lenda Pessoalpara cumprir.Quem interfere na Lenda Pessoal dos outros, nunca descobrirá a sua.As palavras do Alquimista soaram como uma maldição.Ele abaixou-se epegou uma concha no solo do deserto. Isto um dia já foi um mar  disse. Já tinha reparado  respondeu o rapaz.O Alquimista pediu ao rapaz paracolocar a concha no ouvido.Ele tinha feito isto muitas vezes quando era criança, e escutouo barulho do mar. O mar continua dentro desta concha, porque é sua Lenda Pessoal.E jamaisa abandonará, até que o deserto se cubra novamente de água.Depois montaram em seus cavalos, e seguiram em direção às Pirâmides doEgito.O sol tinha começado a descer quando o coração do rapaz deu sinal deperigo.Estavam no meio de gigantescas dunas, e o rapaz olhou o Alquimista, mas esteparecia não haver notado nada.Cinco minutos depois o rapaz percebeu dois cavaleiros asua frente, as silhuetas cortadas contra o sol.Antes que pudesse falar com o Alquimista, osdois cavaleiros se transformaram em dez, depois em cem, até que as gigantescas dunasficaram cobertas deles.Eram guerreiros vestidos de azul, com uma tiara negra sobre o turbante.Osrostos estavam cobertos por outro véu azul, deixando apenas os olhos de fora.Mesmo distante, os olhos mostravam a força de suas almas.E os olhosfalavam em morte.Levaram os dois para um acampamento militar nas imediações.Um soldadoempurrou o rapaz e o Alquimista para dentro de uma tenda [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]

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